Do som ao silêncio, do
exercício físico à quietude da meditação, num espaço
terapêutico ou em uma conversa com o guru, nas ruas ou dentro de um
templo, na contemplação da natureza ou no cuidado com o planeta, há
mil e uma maneiras de encontrar a espiritualidade.
O espírito está
presente em todo ser. É a coisa mais íntima que possuímos,
o que realmente somos. A experiência espiritual é nada mais do que
entrar em contato com esse núcleo tão íntimo e qualquer um de nós
pode vivenciá-la. Até mesmo um ateu.
Podemos falar de
espiritualidade quando começamos a perceber uma consciência
diferente do ego e a viver cada vez mais nela ou sob sua influência.
É essa consciência vasta, infinita, existente em si mesma,
desnudada de ego que chamamos de espírito.
Por meio do silêncio,
alcançamos um estado de consciência superior ao da fala e ao do
pensamento. Silencia para que algo maior de expresse.
Por meio do som e da
música, repetindo mantras, tocando algum instrumento ou cantando
alguma canção, ouvindo sons da natureza, pode-se entrar no transe
para o contato com a Divina Espiritualidade e elevar nossa
consciência para um domínio mais alto, misterioso e harmonioso.
Em viagens, através
das peregrinações em busca de um sentido, onde o mais importante
não é o chegar, e sim, o ir. Essa viagem exterior é apenas um
símbolo da viagem interior, onde aguça-se as sensações, alarga os
sentimentos, depura os pensamentos e abre as portas para a intuição,
facilitando o encontro com a pessoa certa, que pode ser um guru ou a
obtenção da resposta para aquela pergunta. Aliás, deveríamos
cultivar essas mesmas qualidades no dia a dia, na casa, na rua, no
trabalho e fazer de cada dia uma peregrinação
Pela meditação há
muitas formas de se encontrar consigo mesmo. O interessante da
meditação é que com o hábito você adapta ao seu temperamento ou
momento da vida e com a prática, você conseguirá realizá-la até
mesmo em uma sala de espera ou em uma atividade doméstica (cozinhar, por exemplo,
vale como meditação).
Pela dança ou
exercício físico a conexão entre corpo e alma fica ainda mais
forte. Encontramos o ponto certo do equilíbrio físico, mental e
espiritual, promovendo relaxamento e o silêncio interior necessários
à experiência meditativa. Vale para dança, ioga, tai chi chuan e
outras mais que você pode se identificar e desfrutar desse prazer
divino.
Enfim, para acessar o
nosso "Eu verdadeiro" não é tão difícil mas tudo depende de
conhecer o “caminho” até lá. Segundo os sábios indianos temos
cinco corpos que nos reveste: o corpo físico que é aquele acessível
aos sentidos (olfato, visão...); o corpo vital por onde flui a
energia, e é perturbado por desejos, medos ou agressividades; o
corpo mental que é o palco da atividade psíquica interior:
sentimentos, imaginações e pensamentos; o corpo intelectual que é
o domínio da atividade psíquica superior: a intuição, a
inspiração filosófica, científica ou artística, o impulso
criativo e o corpo espiritual que está muito próximo do nosso eu, é
a sede de experiências espirituais.
Quando ouvimos aquela “voz”
dentro de nós, trata-se de expressões de nossos corpos intelectual
e espiritual.
Adorei o texto e seu blog! :)
ResponderExcluirgratidão Morgaine ;)
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