sexta-feira, 25 de abril de 2014

Como encontrar a espiritualidade

Do som ao silêncio, do exercício físico à quietude da meditação, num espaço terapêutico ou em uma conversa com o guru, nas ruas ou dentro de um templo, na contemplação da natureza ou no cuidado com o planeta, há mil e uma maneiras de encontrar a espiritualidade.

O espírito está presente em todo ser. É a coisa mais íntima que possuímos, o que realmente somos. A experiência espiritual é nada mais do que entrar em contato com esse núcleo tão íntimo e qualquer um de nós pode vivenciá-la. Até mesmo um ateu. 

Podemos falar de espiritualidade quando começamos a perceber uma consciência diferente do ego e a viver cada vez mais nela ou sob sua influência. É essa consciência vasta, infinita, existente em si mesma, desnudada de ego que chamamos de espírito.

Por meio do silêncio, alcançamos um estado de consciência superior ao da fala e ao do pensamento. Silencia para que algo maior de expresse. 


Por meio do som e da música, repetindo mantras, tocando algum instrumento ou cantando alguma canção, ouvindo sons da natureza, pode-se entrar no transe para o contato com a Divina Espiritualidade e elevar nossa consciência para um domínio mais alto, misterioso e harmonioso.

Em viagens, através das peregrinações em busca de um sentido, onde o mais importante não é o chegar, e sim, o ir. Essa viagem exterior é apenas um símbolo da viagem interior, onde aguça-se as sensações, alarga os sentimentos, depura os pensamentos e abre as portas para a intuição, facilitando o encontro com a pessoa certa, que pode ser um guru ou a obtenção da resposta para aquela pergunta. Aliás, deveríamos cultivar essas mesmas qualidades no dia a dia, na casa, na rua, no trabalho e fazer de cada dia uma peregrinação

Pela meditação há muitas formas de se encontrar consigo mesmo. O interessante da meditação é que com o hábito você adapta ao seu temperamento ou momento da vida e com a prática, você conseguirá realizá-la até mesmo em uma sala de espera ou em uma atividade doméstica (cozinhar, por exemplo,  vale como meditação).


Pela dança ou exercício físico a conexão entre corpo e alma fica ainda mais forte. Encontramos o ponto certo do equilíbrio físico, mental e espiritual, promovendo relaxamento e o silêncio interior necessários à experiência meditativa. Vale para dança, ioga, tai chi chuan e outras mais que você pode se identificar e desfrutar desse prazer divino.


Enfim, para acessar o nosso "Eu verdadeiro" não é tão difícil mas tudo depende de conhecer o “caminho” até lá. Segundo os sábios indianos temos cinco corpos que nos reveste: o corpo físico que é aquele acessível aos sentidos (olfato, visão...); o corpo vital por onde flui a energia, e é perturbado por desejos, medos ou agressividades; o corpo mental que é o palco da atividade psíquica interior: sentimentos, imaginações e pensamentos; o corpo intelectual que é o domínio da atividade psíquica superior: a intuição, a inspiração filosófica, científica ou artística, o impulso criativo e o corpo espiritual que está muito próximo do nosso eu, é a sede de experiências espirituais. 
Quando ouvimos aquela “voz” dentro de nós, trata-se de expressões de nossos corpos intelectual e espiritual.

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